A Ubisoft enfrenta mais uma turbulência interna com uma greve que agora se estende à Itália. A insatisfação surgiu após a imposição de uma política de retorno ao escritório (RTO), exigindo que os funcionários trabalhem presencialmente pelo menos três dias por semana.
Desde a última terça-feira (15), cerca de 700 funcionários dos escritórios em Paris, Montpellier, Lyon e Annecy estão em greve, manifestando-se contra a decisão da empresa. Esse movimento foi iniciado pelo Syndicat des Travailleurs et Travailleuses du Jeu Vidéo
O sindicato francês STJV lidera a greve, após a administração da Ubisoft não responder aos pedidos de negociação sobre a política RTO. Dois dias depois, ele anunciou que a equipe em Milão aderiu ao movimento, em solidariedade aos colegas franceses.
Os grevistas criticam a falta de justificativa da empresa e a ausência de consulta aos seus representantes. A implementação do RTO é vista como potencialmente prejudicial, especialmente para aqueles que adaptaram suas vidas ao trabalho remoto.
Como muitos funcionários não residem mais próximos aos escritórios, essa política se tornaria inviável, resultando em possíveis perdas de emprego, desorganização de projetos e aumento dos riscos psicossociais.
Ubisoft tem grandes problemas para resolver
A ordem RTO foi emitida logo após o fracasso das negociações sobre a divisão de lucros. O STJV exige um acordo formal sobre trabalho remoto e a reabertura das negociações salariais., enquanto o sindicato italiano, o Fiom Cgil alega as mesmas preocupações.
É impensável que um jovem que vive em outra região ou longe do nosso território possa passar três dias por semana em Milão, virando sua existência de cabeça para baixo: não é economicamente sustentável e injusto em nível humano.
Essa é mais uma polêmica que envolve a Ubisoft. Além de ver seus resultados em queda por conta de Star Wars Outlaws, a empresa enfrenta problemas no Japão devido a supostos erros históricos com Assassin’s Creed Shadows e seu merchandising.