Apesar do resultado elevado em comparação ao panorama nacional, a taxa teve queda entre 2010 (ano do censo anterior) e 2022. Taxa de analfabetismo entre indígenas teve queda entre 2010 e 2022.
Stalin Melo/Secom/Arquivo
A taxa de analfabetismo entre a população indígena é o dobro da taxa nacional. Isso é o que apontam os novos dados do Censo Demográfico 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (4).
➡️Os dados mostram que 15,05% dos indígenas maiores de 15 anos não sabiam ler e escrever em 2022. Entre a população geral, esse percentual era de 7%.
Apesar do resultado elevado em comparação ao panorama nacional, a taxa de analfabetismo entre indígenas teve queda de cerca de oito pontos percentuais entre 2010 (ano do censo anterior) e 2022 – passando de 23,40% para 15,05%.
O IBGE define taxa de analfabetismo como “o percentual de pessoas com 15 anos ou mais de idade que não sabem ler e escrever pelo menos um bilhete simples”.
Veja os principais pontos de destaque do Censo 2022 sobre o analfabetismo entre indígenas:
A taxa de alfabetização entre indígenas foi de 84,95% em 2022, abaixo da taxa nacional, de 93%.
A diferença entre a taxa de analfabetismo da população indígena e da população geral aumenta conforme a idade. Até os 34 anos, a diferença entre as taxas é de 5,21 pontos percentuais, número que salta para 10,47 pontos percentuais na faixa entre 45 a 49 anos.
Entre os homens indígenas, a taxa de alfabetização é maior do que entre as mulheres indígenas.
As maiores taxas de alfabetização são observadas no Sudeste (91,69%), no Sul (89,42%) e no Centro-Oeste (87,30%). (veja abaixo mapa por regiões)
Maranhão, Acre e Piauí são os estados com maiores taxas de analfabetismo entre os indígenas.
Já Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo são as unidades federativas com as menores taxas de analfabetismo entre a população indígena.
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Idade e gênero
Segundo o IBGE, a taxa de analfabetismo “reflete o acesso à escolarização na idade adequada em gerações passadas e aos programas de alfabetização para jovens e adultos”.
Há, assim, um aumento da taxa de analfabetismo com o aumento da idade. Essa situação é algo que acontece entre a população geral, mas que é observado de forma mais acentuada entre os indígenas.
Se observada a faixa entre 15 a 17 anos, por exemplo, a taxa de analfabetismo foi de 5,55%. Já para os indígenas com 65 anos ou mais, o percentual é foi de 42,88%. (veja no gráfico abaixo)
Entre 2010 e 2022, a queda na taxa de analfabetismo de pessoas indígenas aconteceu em todas as faixas etárias.
Quando se analisa a divisão por gênero, tanto homens quanto mulheres indígenas também tiveram redução nas taxas de analfabetismo nesse período.
No caso das mulheres, o percentual passou de 24,81% em 2010 para 15,74% em 2022. Já no caso dos homens, a taxa foi de 22,01% para 14,32%.
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Alfabetização por regiões
Replicando o cenário nacional entre 2010 e 2022, todas as regiões tiveram diminuição na taxa de analfabetismo entre os indígenas.
A região Norte foi a que apresentou a maior queda, passando de 31,29% em 2010 para 15,27% em 2022. Já a região Sudeste foi a que registrou a menor variação, passando de 24,39% para 18%.
Se analisados os recortes de idade, as pessoas indígenas com 65 anos ou mais são aquelas com a maior taxa de analfabetismo em todas as regiões.
As menores taxas são encontradas entre os indígenas de 15 a 34 anos, também em todas as regiões.
O analfabetismo continua caindo no Brasil segundo dados do Censo Demográfico do IBGE
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