Desde sua estreia como anime em janeiro de 2024, Solo Leveling conquistou o coração de milhões de fãs ao redor do mundo, consolidando-se como uma das maiores sensações recentes do universo da animação japonesa.
Baseado no webtoon sul-coreano de Chugong e adaptado pelo renomado estúdio A-1 Pictures, o anime trouxe à vida a jornada épica de Sung Jinwoo, um caçador de rank E que, de “o mais fraco de todos”, ascende a um nível de poder quase incomparável.
Com duas temporadas já exibidas até o momento a obra não só impressiona pela narrativa de superação, mas também pela ação visceral e pelo estilo que parece gritar por uma adaptação em um jogo AAA para os consoles da atual geração.
Mas será que Solo Leveling realmente merece esse salto?
A história e a repercussão avassaladora do anime
A trama de Solo Leveling começa em um mundo onde portais misteriosos conectam a Terra a dimensões repletas de monstros, e caçadores, humanos com habilidades especiais, são a linha de frente contra essas ameaças. Sung Jinwoo, inicialmente um caçador de nível E, luta para sobreviver e sustentar sua família, enfrentando missões perigosas com poucos recursos.
Tudo muda quando, após quase morrer em uma masmorra dupla, ele é escolhido por um sistema enigmático que lhe concede a habilidade única de subir de nível como em um RPG. A partir daí, acompanhamos sua evolução de um azarão para uma força imparável, comandando um exército de sombras e desvendando segredos sobre os portais e os monarcas que ameaçam a humanidade.
A recepção do anime foi estrondosa. A primeira temporada, lançada em 2024, foi elogiada pela animação, trilha sonora impactante de Hiroyuki Sawano e pela fidelidade ao webtoon, conquistando uma nota perfeita de 100% no Rotten Tomatoes com base em críticas iniciais.

A segunda temporada, finalizada neste final de semana, elevou ainda mais o patamar com batalhas épicas, como o confronto contra Beru, que inundou as redes sociais com elogios à coreografia e ao ritmo frenético.
O sucesso não é surpresa: Solo Leveling combina elementos de RPG com uma narrativa sombria e uma progressão de poder que mantém os espectadores vidrados, tornando-se um marco na crescente onda de adaptações de manhwas.
O estilo de ação que pede um jogo AAA
O que realmente diferencia Solo Leveling é seu estilo de ação. As lutas são intensas, estratégicas e visualmente impressionantes, com Jinwoo alternando entre ataques corpo a corpo, invocações de sombras e habilidades sobrenaturais.
Na primeira temporada, vemos ele enfrentando inimigos em masmorras claustrofóbicas, enquanto na segunda, as batalhas ganham escala, com exércitos colidindo e chefes colossais como Beru exigindo táticas mais diretas. Esse dinamismo é perfeito para um jogo AAA, onde a ação pode ser traduzida em mecânicas interativas que capturam a essência do anime.

Já existe um jogo mobile, Solo Leveling: Arise, lançado pela Netmarble em maio de 2024, que adapta a história em um formato de RPG de ação gratuito com microtransações. Embora bem-sucedido, com mais de 12 milhões de pré-registros e planos de expansão para consoles em 2025, ele é limitado pela estrutura mobile e foca em combates simplificados e progressão baseada em grinding.
Um jogo AAA para PS5, Xbox Series ou mesmo Nintendo Switch poderia ir além, oferecendo uma experiência mais imersiva e cinematográfica, digna da grandiosidade das duas temporadas do anime.
Como seria um RPG de ação AAA de Solo Leveling?
Imagine um RPG de ação no estilo de God of War ou Elden Ring, mas ambientado no universo de Solo Leveling. O jogador controlaria Jinwoo em terceira pessoa e exploraria masmorras abertas repletas de monstros, com um sistema de combate que mistura ataques rápidos com adagas, golpes devastadores com habilidades de sombra e a possibilidade de invocar aliados como Igris ou Iron.
O sistema de níveis do anime poderia ser adaptado diretamente, permitindo que o jogador distribua pontos em atributos como força, agilidade e mana, refletindo a evolução de Jinwoo de um caçador fraco para o “Monarca das Sombras”.
Missões secundárias poderiam explorar histórias inéditas, como os primeiros dias de Cha Hae-In como rank S, enquanto a campanha principal seguiria os eventos das temporadas, assim como já vemos nos games tradicionais de animes.

A direção artística seria um ponto alto: masmorras sombrias e detalhadas, efeitos de luz dramáticos nas invocações de sombras e uma trilha sonora orquestral com referências ao trabalho de Sawano em Solo Leveling. O desafio seria equilibrar a sensação de poder absoluto de Jinwoo — afinal, ele se torna quase imbatível — com uma curva de dificuldade que mantenha o jogador engajado.
Inimigos como os monarcas poderiam exigir estratégias específicas, enquanto o exército das sombras adicionaria elementos mais táticos, permitindo ao jogador alternar entre controlar Jinwoo e comandar suas tropas em tempo real.
E se fosse um jogo de luta?
Outra possibilidade seria um game de luta no estilo de Dragon Ball FighterZ ou Naruto Shippuden: Ultimate Ninja Storm.
Solo Leveling tem um elenco rico que poderia brilhar nesse formato: Jinwoo como protagonista principal, com variações de movesets baseadas em suas fases (do caçador fraco ao Monarca das Sombras), enfrentando rivais como Cha Hae-In, Baek Yoonho e os monarcas.
O Rei Formiga, por exemplo, seria um chefe desafiador, enquanto Beru, como personagem jogável, traria velocidade e combos aéreos. A mecânica de sombras poderia ser um diferencial, permitindo a Jinwoo invocar aliados no meio da luta para golpes especiais ou assistências, algo semelhante às dinâmicas de equipe em Marvel vs. Capcom.

O visual seria outro destaque, com arenas baseadas em locais icônicos do anime, como a masmorra dupla ou a Ilha de Jeju, e um modo história que recriasse os momentos-chave das duas temporadas.
Mesmo com Jinwoo sendo overpower, o balanceamento poderia vir de oponentes igualmente fortes, como os monarcas, ou de um sistema de handicaps que simulasse sua jornada inicial, oferecendo um desafio justo.
Por que um jogo AAA seria incrível, mesmo com um protagonista imbatível?
A maior crítica a um jogo de Solo Leveling poderia ser: “Como tornar divertido controlar alguém tão poderoso?”. A resposta está na execução. Jinwoo não começa imbatível; sua jornada é sobre crescimento, e um jogo poderia recriar essa progressão — algo que Devil May Cry faz brilhantemente com Dante.
Além disso, o universo de Solo Leveling é vasto o suficiente para introduzir novos inimigos ou explorar arcos como a guerra contra os monarcas de forma mais profunda, mantendo a tensão narrativa.
Comparado a jogos como Marvel’s Spider-Man da Insomniac, onde o jogador já começa poderoso mas enfrenta desafios crescentes, ou Shadow of the Colossus, que foca em confrontos grandiosos, Solo Leveling tem o potencial de oferecer uma experiência única.

A combinação de ação visceral, elementos de RPG e uma história cativante sobre superação faria dele um título memorável, mesmo com um herói que, no fim, reina absoluto.
Solo Leveling já provou seu valor como anime e webtoon, e seu sucesso no formato mobile com Arise é apenas o começo. Um jogo AAA para consoles poderia elevar a franquia a outro patamar, trazendo a intensidade das duas temporadas para as mãos dos jogadores.
Seja como um RPG de ação imersivo ou um game de luta cheio de estilo, a história de Sung Jinwoo merece ser vivida em alta definição, com gráficos de nova geração e mecânicas que capturem sua ascensão lendária.
Então, sim, Solo Leveling não só merece um jogo AAA — ele está implorando por um. E nós, fãs, estaríamos prontos para subir de nível junto com ele.