Mark Rubin, produtor de XDefiant e ex-produtor da franquia Call of Duty na Infinity Ward, soltou o verbo nas redes sociais ao criticar os rumos da famosa série de tiro da Activision. Em resposta a um jogador no Twitter/X, Rubin afirmou que CoD deixou de priorizar a qualidade e o prazer do jogador para focar exclusivamente em táticas de monetização agressivas.
“Muitos jogos, incluindo Call of Duty, focam só em como extrair o máximo de dinheiro possível da base de jogadores”, disse Rubin. “Eles dependem fortemente de marketing baseado em FOMO (medo de perder algo) e de partidas com EOMM [matchmaking baseado em engajamento]. Antes, o foco era mais na qualidade do jogo, que por si só atraía os jogadores.”
Rubin defendeu uma abordagem mais centrada no jogador, com melhores mapas, modos e experiências genuinamente divertidas — em vez de artimanhas para manter a galera presa por obrigação ou vício. Segundo ele, um bom jogo deve ser jogado porque é divertido, não porque tem um orçamento de marketing de 250 milhões de dólares.
“Seu jogo deveria ter muitos jogadores porque ele é bom, e as pessoas querem jogá-lo. Não porque teve um marketing gigante empurrando ele goela abaixo”, disparou.
Porrada na Activision
Em tom de conselho (ou alfinetada direta), Rubin concluiu: “Seja mais como a Larian, menos como a Activision.”
A referência é ao estúdio por trás de Baldur’s Gate 3, que mesmo com enorme sucesso de vendas, não lançou nenhuma expansão ou DLC paga até agora — um exemplo raro de foco total na experiência base do jogador. No mundo dos games dominado por métricas e lucros, Rubin parece estar puxando a conversa de volta pro básico: fazer um jogo legal pra galera jogar porque quer, não porque se sentiu obrigado.