Curso “Criação de conteúdos e redes sociais” tem duração de 4 anos; com aulas de empreendedorismo, narração de histórias, análise de dados e produção de podcasts. Denisa Lacinova, de 19 anos, participa de aula de ‘influencer digital’ na Irlanda
Paul Faith/AFP
“Muitos pensam que ser influencer é fácil, que basta publicar vídeos no TikTok. É muito mais que isso!”, assegura Marta Hughes, aspirante a viver dessa profissão contemporânea e que se prepara para isso em uma universidade irlandesa.
Desde setembro, a jovem acompanha as aulas dessa nova formação, chamada “Criação de conteúdos e redes sociais”, ministrada durante quatro anos na Universidade Tecnológica do Sudeste (Setu), em Carlow, a 80 quilômetros de Dublin.
A carreira de “influencer” apareceu recentemente, mas atrai muitos jovens da Geração Z, nascidos entre 1997 e 2012.
A ex-produtora de televisão Irene McCormick contou à AFP que começou oferecendo um curso intensivo de verão ministrado por tiktokers, que teve 350 solicitações de adesão para 30 vagas.
“Vimos que havia um grande apetite, por isso decidimos optar pelo nível do diploma”, explica a diretora.
A formação ensina os aspirantes a influencers como tornar sua presença e conteúdo em plataformas como Instagram, TikTok e YouTube em fonte de renda 🤑🤑.
Depois de dois anos de preparação, o curso foi homologado e deu as boas-vindas à sua primeira turma de 15 estudantes no mês passado.
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Como é o curso
Os passos para obter o diploma incluem cursos de criação de vídeos, empreendedorismo, psicologia e narração de histórias, análise de dados e produção de podcasts.
A criação de conteúdos envolve “editar, planejar, organizar, etc. Toma mais tempo do que se acredita, as pessoas realmente não entendem isso”, disse Marta Hughes. Os estudantes também aprendem a usar câmeras e microfones.
Irene McCormick é diretora do curso de ‘influencer digital’ na Irlanda
Paul Faith/AFP
“Aprender a nos sentir confortáveis diante das câmeras nos ajudará a ganhar confiança em nós mesmos, seja qual for nossa profissão”, destaca a estudante Naoise Kelly, dizendo que sua prioridade máxima não é se tornar a próxima estrela das redes sociais.
Segundo McCormick, há muitas oportunidades de trabalho para os influencers. “Aproximadamente, 70% dos especialistas em marketing consideram hoje que os ‘influencers’ são o futuro do setor, os governos também os utilizam para transmitir mensagens”, destaca.
No campus, entre as aulas, os estudantes conversam, tiram selfies e navegam em seus smartphones.
A maioria deles já está imersa no mundo digital, mas busca ferramentas e conhecimentos adicionais, segundo McCormick.
“Podem tentar aprender por conta própria em casa, mas adquirir conhecimentos práticos e teóricos sobre como chegar a um determinado público será uma grande diferença em sua carreira”, afirma a diretora.
Favour Ehuchie faz faculdade de ‘influencer digital’ na Irlanda
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