
Quem acompanha a Blizzard pelas últimas décadas sabe que não é exagero afirmar que a empresa mudou muito após ser incorporada pela Activision. Esse processo se acelerou após a saída do cofundador Mike Morhaime, que revelou a Jason Schreier que tomou a decisão porque não aguentava mais brigar com Bobby Kotick.
Segundo um trecho do livro Play Nice: The Rise and Fall of Blizzard Entertainment compartilhado pela Bloomberg, os problemas começaram seis anos após a Blizzard e a Activision se unirem. Na época, o MMORPG Titan havia acabado de ser cancelado após anos de investimentos, e ainda não estava claro o que seria feito do material produzido.

Isso fez com que a publicadora comandada por Kotick começasse a exercer mais pressão para controlar as decisões e rumos econômicos da desenvolvedora. Isso levou à contratação do executivo financeiro Armin Zerra, que tinha como principal objetivo “manter os custos controlados”.
Blizzard foi afetada por pessoas sem experiências em games
Zerra, que havia trabalhado no marketing e distribuição de produtos como detergentes e shampos, não tinha qualquer familiaridade com o mundo dos games. Assim, ele começou a tomar decisões que iam na contramão daquelas que eram apoiadas pelas equipes da Blizzard. Em certo ponto, ele chegou a propor o cancelamento da BlizzCon, já que o evento teria margens de lucro pequenas.

Schreier explica que Kotick também era problemático, já que era capaz de celebrar os sucessos do estúdio, mas não entendia o tempo que era necessário para criar um game. O repórter afirma que isso levou a brigas constantes entre ele e Morhaime, que continuou defendendo a manutenção de áreas como suporte técnico, um departamento de cinemáticas e o sistema de bônus para funcionários.
O cofundador da Blizzard decidiu deixar a empresa em 2018, após participar de uma reunião que propôs uma maior integração entre o estúdio, a Activision e a King. Segundo ele, havia se tornado impossível manter a cultura que tornou o estúdio algo único, bem como garantir a seus funcionários que havia motivos para eles confiarem no futuro da empresa.
O livro revela que Morhaime havia tentando abandonar o cargo em 2017, mas foi convencido por Kotick e outros acionistas a permanecer na companhia. Desde que ele saiu, a desenvolvedora passou por várias transformações e mudanças de liderança, bem como tomou decisões consideradas como controversas, como lançar uma sequência para Overwatch em vez de consertar os problemas do jogo original.
Fonte: Bloomberg

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