Provas da 2ª edição do chamado ‘Enem dos concursos’ serão realizadas no segundo semestre, afirmou o Ministério da Gestão. Em 2026, não haverá CNU. O Ministério da Gestão informou nesta segunda-feira (31) que o Concurso Público Nacional Unificado (CNU) de 2025 não vai ter o sistema de “bolinhas” utilizado na primeira edição para o preenchimento dos cartões de resposta.
Ele vai ser substituído por um código de barras que identifica o candidato, pois alguns participantes tiveram problemas com a bolinha de identificação do gabarito na primeira edição (leia mais abaixo).
“Não é o nome ou número de inscrição, mas a máquina consegue ler [o código] e garantir que aquela prova pertence àquela pessoa”, detalhou a ministra Esther Dweck, acrescentando que espera que a tecnologia também agilize a correção e a divulgação dos resultados.
Dweck anunciou ainda que o Termo de Referência para a escolha da banca do CNU 2025 deve ser lançado em abril, e que as provas serão realizadas no segundo semestre.
Segundo ela, não haverá uma edição do CNU em 2026 devido ao calendário eleitoral. “Por ser ano de eleição, é muito mais difícil realizar o concurso. Temos que homologar todos os resultados antes do início do período eleitoral”, esclareceu.
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Todas as novas regras serão detalhadas no edital único do CPNU 2, que ainda não foi divulgado. Ele será diferente da primeira edição, que teve um edital separado para cada um dos oito blocos temáticos do concurso.
Agora, os cargos oferecidos serão diferentes, e haverá a inclusão de duas novas carreiras transversais: Analista Técnico de Justiça e Defesa e Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico.
Polêmica da ‘bolinha’
Em novembro, três meses após a aplicação das provas do CNU, a Justiça mandou o governo federal cancelar a eliminação de candidatos que não haviam preenchido todo o campo de identificação no cartão de respostas.
Assim, esses participantes foram reintegrados à seleção, o que gerou o adiamento da divulgação da lista de aprovados e várias mudanças no cronograma inicial do concurso.
O QUE ACONTECEU? – Os cadernos de prova do CNU tinham várias versões, ou seja, as questões eram as mesmas para todos os candidatos de um determinado bloco temático, mas a ordem das perguntas e das alternativas estavam embaralhadas, para evitar cola.
Assim, na hora de preencher o cartão de respostas, os participantes precisavam identificar qual era a versão da sua prova, pintando a bolinha correspondente ao número do gabarito. Além disso, deveriam transcrever a frase que estava na capa do caderno (veja a foto abaixo).
Caderno de provas do CNU exigia identificação do gabarito de duas formas
Reprodução
Apesar dessas instruções estarem descritas na prova, muitos candidatos alegaram que foram orientados pelos fiscais de aplicação de que bastava a transcrição da frase para identificar o tipo de gabarito, ou seja, não havia necessidade de pintar a bolinha.
E, em coletiva de imprensa no dia do exame, logo após o fim da aplicação, a ministra Esther Dweck chegou a dizer que os participantes que haviam se esquecido de marcar o número do gabarito não seriam eliminados, pois a Cesgranrio tinha outras formas de identificar as versões de prova.
No entanto, no dia seguinte, o Ministério da Gestão anunciou que quem não havia preenchido toda a identificação no cartão de respostas estava desclassificado.
O Ministério Público Federal, por meio da Procuradoria-Geral do Tocantins, recebeu denúncias sobre o assunto e ingressou com uma ação civil pública contra o governo, pedindo a reintegração ao concurso dos candidatos eliminados, o que aconteceu em novembro.
Esta reportagem está em atualização.
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