Admita: você não esperava que Clair Obscur: Expedition 33 e The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered seriam os grandes assuntos da comunidade gamer em 25 de abril de 2025. Pois bem, os jogos provaram que, no ano em que todo mundo espera por GTA 6, Death Stranding e outros blockbusters, tanto indies audaciosos quanto relançamentos bem trabalhados podem fazer barulho — cada um a seu modo.
Clair Obscur, RPG tático de estreia do francês Sandfall Interactive, vendeu 500 000 cópias em apenas 24 horas, ostentando nota 91 no OpenCritic e user score “Very Positive” de 93 % no Steam, com pico de mais de 50 000 jogadores simultâneos. Já Oblivion Remastered, recriado em Unreal Engine 5 pela Virtuos, explodiu ao atingir pico de 190 119 jogadores simultâneos no Steam, ocupar o topo das vendas com a nostalgia dos fãs de Tamriel.
O sucesso de ambos reforça tendências: a força criativa dos estúdios independentes e o apelo dos remasters bem executados, cenários que vêm cada vez mais se tornando comuns na indústria.
O fenômeno Clair Obscur: Expedition 33
Clair Obscur não brincou em serviço. Em 25 de abril de 2025, um dia após o lançamento, o jogo superou 500 000 unidades vendidas — um marco que os próprios desenvolvedores admitiram ter chegado “mais rápido do que imaginávamos”. Mesmo estando disponível no Game Pass, o título manteve o ritmo de vendas de um blockbuster indie.
A crítica mundial recebeu Clair Obscur de braços abertos: 91 no Metacritic e 92 no OpenCritic, colocando-o entre os maiores acertos de 2025. Na Steam, a média de avaliação dos usuários atingiu 93 % de opiniões “Very Positive”, com pico de mais de 50 000 jogadores simultâneos no primeiro dia.
O jogo combina narrativa profunda, visual inspirado na Belle Époque e combate tático reativo, mesclando esquivas e parries em turnos que lembram clássicos japoneses — tudo embalado por trilha sonora majestosa e performances de peso do elenco. É a prova de que estúdios pequenos podem rivalizar com gigantes quando investem em identidade própria e polimento.
O retorno triunfal de The Elder Scrolls IV
Menos de três horas após o lançamento surpresa em 22 de abril, mais de 120 000 pessoas já estavam jogando Oblivion Remastered no Steam, colocando-o em 9º lugar na lista de mais jogados. Em apenas um dia, o pico subiu para 190 119 jogadores simultâneos, batendo o recorde anterior de Skyrim Special Edition e provando o apetite por nostalgia.
Além dos números de pico, o remaster assumiu o topo das vendas na loja e alcançou rapidamente a melhor posição do ano, mesmo com preço de US$ 50–60 — uma façanha rara para títulos single-player em 2025.
A Virtuos não mexeu no âmago do jogo de 2006: diálogos engraçados entre NPCs, bugs peculiares e até a famosa linha “deixa eu fazer outra tomada” continuam intactos, revivendo memes clássicos que acumulam visualizações rápidas no YouTube e geram debates calorosos em fóruns. Um easter egg permite até avistar The Throat of the World, pico mais alto de Skyrim, diretamente do alto da Wizard’s Tower em Cyrodiil.
Passado, presente e futuro
A combinação de indie hits e relançamentos de IP dá à indústria um equilíbrio saudável: inovação ao lado de certezas nostálgicas. Se esta tendência continuar, veremos mais investimentos em projetos originais de pequeno porte e em revivals de clássicos, ampliando as opções para jogadores e fortalecendo ecossistemas de desenvolvimento mais diversos. E enquanto muita gente acha que a indústria dos games está sofrendo, ela vai e mostra novo fôlego.